Gravadora: Nova Estação

Ano: 2015

Artista: Vários

 

Ivon Curi 1928-1995 foi um artista de estilo único na música brasileira, um verdadeiro ator da canção. Influenciado pelos chansonniers franceses que cantavam como que contando histórias, de uma forma bem teatral, acabou criando uma forma bastante coloquial e histriônica de interpretar os mais variados gêneros. Do fox à valsa, do fado ao bolero, do baião ao samba-canção macio pré-bossa nova, do samba de boate à tarantela Italiana. Como se não bastasse foi também compositor, ator, humorista e showman. Talvez nosso primeiro showman. DeSDe pequeno, Ivon queria ser artista. Ainda tentou outras profissões, mas de tanto persistir o garoto mineiro de Caxambu acabou vencendo, estreando em 1947 como crooner no prestigiado palco do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, até porque, autodidata, já cantava bem em línguas como o francês, o idioma da moda à época. Foi também logo contratado da Rádio Nacional, onde já atuavam seus irmãos locutores Alberto e Jorge Curi. Após sair da gravadora Continental, onde estreou em 1948, gravando pérolas como “Sob o céu de Paris, Sous le ciel de Paris, assinou com a RCA Victor, em 1953, vivendo o auge da carreira, quando foi, ao lado de Cauby Peixoto e Nelson Gonçalves, o cantor de maior popularidade no Brasil dos anos 1950, atuando muito em nosso cinema, além de obter também incrível êxito em Portugal, onde gravou dois álbuns ao vivo. Como o baião, ritmo nordestino estilizado por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira no final dos anos 1940, estava no auge nessa época, Ivon acabou por ter a primazia de lançar grandes sucessos do gênero, como o Xote das meninas, o Forró do beliscão ou Farinhada - Tava na peneira/ Eu tava peneirando, além de outras joias regionais, como a toada o menino de Braçanã. Como compositor, era um bom cronista de usos e costumes do Brasil da época, em letras tragicômicas, como a valsa João Bobo, o baião Cala a boca, menino, o xote Comida de pensão, o fox-trot Montanha russa, as recitativas Falam tanto de mim, Telefonema e a Canção do pessimista, fora os arroubos de dor-de-cotovelo de Obrigado e do famoso Retrato de Maria, em que, alcoolizado, chora a partida da amada. Essas canções descritivas de cenas do cotino também vieram de outros autores às suas mãos e ele as gravou com maestria. Como a cara do pai, Sinfonia do apartamento, o pau comeu, Tutti buoni gente e Manias, além do belíssimo pot-pourri Baião das Velhas Cantigas. Seu legado agora é revivido aqui neste show que virou disco, afinal, um personagem rico como este não pode ser jamais esquecido.

 

 

 

CD Um Personagem Chamado Ivon Curi

R$34,90
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Ivon Curi 1928-1995 foi um artista de estilo único na música brasileira, um verdadeiro ator da canção. Influenciado pelos chansonniers franceses que cantavam como que contando histórias, de uma forma bem teatral, acabou criando uma forma bastante coloquial e histriônica de interpretar os mais variados gêneros. Do fox à valsa, do fado ao bolero, do baião ao samba-canção macio pré-bossa nova, do samba de boate à tarantela Italiana. Como se não bastasse foi também compositor, ator, humorista e showman. Talvez nosso primeiro showman. DeSDe pequeno, Ivon queria ser artista. Ainda tentou outras profissões, mas de tanto persistir o garoto mineiro de Caxambu acabou vencendo, estreando em 1947 como crooner no prestigiado palco do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, até porque, autodidata, já cantava bem em línguas como o francês, o idioma da moda à época. Foi também logo contratado da Rádio Nacional, onde já atuavam seus irmãos locutores Alberto e Jorge Curi. Após sair da gravadora Continental, onde estreou em 1948, gravando pérolas como “Sob o céu de Paris, Sous le ciel de Paris, assinou com a RCA Victor, em 1953, vivendo o auge da carreira, quando foi, ao lado de Cauby Peixoto e Nelson Gonçalves, o cantor de maior popularidade no Brasil dos anos 1950, atuando muito em nosso cinema, além de obter também incrível êxito em Portugal, onde gravou dois álbuns ao vivo. Como o baião, ritmo nordestino estilizado por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira no final dos anos 1940, estava no auge nessa época, Ivon acabou por ter a primazia de lançar grandes sucessos do gênero, como o Xote das meninas, o Forró do beliscão ou Farinhada - Tava na peneira/ Eu tava peneirando, além de outras joias regionais, como a toada o menino de Braçanã. Como compositor, era um bom cronista de usos e costumes do Brasil da época, em letras tragicômicas, como a valsa João Bobo, o baião Cala a boca, menino, o xote Comida de pensão, o fox-trot Montanha russa, as recitativas Falam tanto de mim, Telefonema e a Canção do pessimista, fora os arroubos de dor-de-cotovelo de Obrigado e do famoso Retrato de Maria, em que, alcoolizado, chora a partida da amada. Essas canções descritivas de cenas do cotino também vieram de outros autores às suas mãos e ele as gravou com maestria. Como a cara do pai, Sinfonia do apartamento, o pau comeu, Tutti buoni gente e Manias, além do belíssimo pot-pourri Baião das Velhas Cantigas. Seu legado agora é revivido aqui neste show que virou disco, afinal, um personagem rico como este não pode ser jamais esquecido.